Audiência pública discute crise na Emdurb e falhas na gestão dos cemitérios municipais de Bauru
Erro em sepultamento e falta de recursos para obras evidenciam problemas estruturais na administração funerária da cidade
Publicado em 07/07/2025 15:50 • Atualizado 08/07/2025 00:05
Bauru
Foto: Assessoria de Imprensa | Câmara Bauru

A situação da Emdurb (Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru) e a gestão dos cemitérios municipais foram temas centrais de uma audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (2), na Câmara Municipal. O debate, solicitado pela vereadora Estela Almagro (PT), teve como foco o equacionamento financeiro da empresa pública e as deficiências na administração dos cemitérios Cristo Rei, Redentor e Saudade.

Durante a audiência, Estela classificou o estado atual dos cemitérios como triste e lamentável, destacando a precariedade estrutural e falhas administrativas. Um dos casos apresentados para ilustrar os problemas foi relatado por Dalva Araújo, que revelou ter descoberto recentemente que seu irmão foi sepultado em um jazigo incorreto no Cemitério Cristo Rei. A informação chegou a ela por meio do verdadeiro proprietário do túmulo, que percebeu o equívoco. Dalva lamentou a falta de comunicação por parte da administração: disse que ninguém a procurou para esclarecer o ocorrido e classificou a situação como cruel e dolorosa.

Representantes da Emdurb atribuíram o erro a uma falha de registro no sistema no momento da compra do jazigo. Informaram ainda que, devido à legislação vigente, a exumação só poderá ser realizada três anos após o sepultamento. Apesar do pedido formal de desculpas e da promessa de correção, o caso gerou críticas à condução dos serviços funerários da cidade.

Em resposta às cobranças por melhorias, a presidente da Emdurb, Gislaine Magrini, informou que a Secretaria Municipal de Infraestrutura já elaborou um levantamento preliminar apontando a necessidade de R$ 10 milhões para construção de muros e obras de drenagem nos três cemitérios. Segundo ela, os estudos já estão em andamento.

A titular da pasta, Pérola Zanotto, acrescentou que os projetos executivo e de drenagem devem ser finalizados nos próximos seis meses. No entanto, alertou que não há, até o momento, garantia de que os recursos para a execução das obras estarão disponíveis, uma vez que será necessário avaliar a compatibilidade com o orçamento do município. Pérola também destacou que, entre os cemitérios municipais, apenas o Cristo Rei possui área com possibilidade de expansão.

 

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